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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Retrospecto Cinológico

  Nosso envolvimento com a Cinofillia deu-se no ano de 1982, quando eu contava apenas oito anos de idade, ocasião em que surgiu, diante do portão da nossa casa, um simpático cãozinho SRD, bem peludo, à maneira de um Poodle, de com marrom, com nuances fogo, que, apesar de adotado, acabou fugindo. 
  Neste mesmo ano, um amigo da família nos presenteou com um Dálmata, com pintas negras (e não marrons), já adulto, que, por isto mesmo, nunca esqueceu seus antigos donos e também se evadiu.
  Logo após, já empolgados por cães, adquirimos um casal de Pastores Alemães "capa preta", puros, embora desprovidos de pedigree, dos quais recordo os nomes: Zumbi e Doll. Nesta altura, firmaram-se dois marcos decisivos: nossa preferência por cães de guarda e utilidade e a dedicação pelo estudo cinológico, através de livros (Todos os Cães e O Pastor Alemão) e revistas (Cães & Cia.).
   Lamentavelmente Doll pereceu aos três meses, vitimada pela parvovirose; e Zumbi sucumbiu aos quatro, fulminado pela hidrofobia.
  Concluíram meus Pais que  o Pastor Alemão não fora a melhor escolha, em razão do clima pouco ameno da nossa Natal/RN, que potencializava susceptibilidades da raça, motivo pelo qual passamos ao Doberman.
  Luck, estampado acima, era um exemplar fígado, puro, privado de pedigree e morfologicamente atípico, posto excessivamente esgalgado e pernalta, o que lhe conferia altura além do padrão. Desempenhou com louvor sua função de guardião, notadamente na época em que nos mudamos para um bairro novo, ermo, e demasiadamente afastado do Centro. Pereceu ao ser atingido por um caminhão, ao transpor  limite do portão casualmente aberto.
  Átila, adquirido em 1985, era um belo Doberman negro, puro, provido de pedigree e dotado de tipicidade  psíquica e morfológica. Até então primícia da nossa criação, ostentava o emblemático nome oficial Átila dos Eternos Guardiões. Comprovou, em diversos episódios, seu valor como defensor, gerou duas ninhadas e foi nosso grande companheiro na adolescência. Partiu em 1992, deixando insuperáveis saudades e um sentimento de negação para criação de outro cão, o maior obstáculo que eu, a esta altura, estudioso bem fundamentado, enfrentei, ao postular, nos dezesseis anos a diante, a continuidade da criação. Entretanto, o terceiro marco em favor da Cinologia, a adoção do pedigree, houvera sido chantado.
Três argumentos que deduzi, na pugna pela aquisição de outro guardião foram especialmente eficazes: a recordação de que nossa residência fora invadida, uma única vez, por ladrões de roupa, exatamente no período em que estávamos sem apoio canino, entre a partida de Luck e a chegada de Átila; o roubo, no início de 2009, a uma casa vizinha; e a potencial investida daqueles que, na época do crime, figuravam como pedintes e batiam à nossa porta, se avolumando a cada dia.  
  Enfim, quando já contava mais de um ano de secreta busca, na minha Cidade, por um exemplar de Bull Terrier, obtive, nesta mesma época, autorização para comprar e manter um novo cão de guarda. 
  Este histórico deixa claro como, partindo do mais absoluto empirismo, empreendemos cada vez maior aproximação com o rigor técnico, construindo um cabedal de conhecimento e experiência que atualmente beneficia Brutus e Minerva, os cães de parentes e amigos e fica disponibilizado aos que nos buscarem através deste blog.
 
    
    
      
    
    

    
    
    

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