Os adeptos da primeira tese, fulcram-se na descrição do padrão adotado pela CBKC, que lhe atribui a qualidade de "especialmente bom com as pessoas". Os partidários da segunda, sustentam-se na observação concreta do seu instinto protetor.
Preliminarmente, nada despiciendo acentuar que todo cão é dotado do atévico instinto de defesa do grupo, herança do ancestral lupóide, sabidamente organizado em matilhas. Referido reflexo se manifesta, portanto, tanto num plácido Bichon Frisé, ao emitir intensos latidos de alerta; quanto num poderoso Bull Mastiff, ao sobrepujar, fisicamente, um intruso.
Se, por um lado, é certo que, durante décadas, o Bull recebeu socialização e teve seu temperamento sistematicamente amenizado, restando, hoje, distante do intolerante gladiador do Século XIX; por outro, não se pode negar que a extensa experiência acumulada pela raça, em quase duzentos anos, nas funções de lutador, caçador, exterminador de roedores e guarda de propriedades encontra-se impegnada no seu arcabouço hereditário, podendo ser estimulada e resgatada, de acordo com o emprego dado a cada exemplar (a exemplo da atual figuração do Bull, como um dos prediletos no submundo da rinha). A descrição do padrão da CBKC (Confederação Brasileira de Kennel Klub) corrobora nese sentido, ao classificá-lo (para não enaltecer suas habilidades de luta) como cão de caça - reconhecendo esta aplicação histórica -, sem qualificá-lo, em momento algum, como cão de companhia. Outro ponto é que do Bull Terrier descendem raças usualmente empregadas na guarda pessoal e patrimonial, a exemplo do Dogue Brasileiro e do Dogo Argentino, o que denota a transmissão hereditária da vocação.
Especialistas em comportamento canino definen como guardião o que apresente as seguintes características: a) poder intimidatório, no sentido de dissuasão de eventuais invasores; b) estado de alerta, mantendo-se em constante vigilância; efetivação de rondas, especialmente noturnas; d) sociabilidade relativa, no sentido de não se agradar da presença de quem não seja amigo ou parente da "família"; e) discernimento, para distinguir uma ameaça real; f) equilíbrio, sem demonstrações gratuitas de agressividade; e g) combatividade, para lutar e atacar, quando necessário.
Brutus é um exemplar muito forte (com atuais 30 kg) e musculoso, com ampla envergadura, realçada pelo tronco em barril. Acrescentando sua "cara feia", destacada pela marcação "pirata", ao redor do olho direito, realmente impõe respeito.
Tem como êxito, neste aspecto, o imediato afastamento dos que figuravam como pedintes, com potencial de investidas. Como aspecto negativo, nossas constantes (e, por vezes descortezes) intervenções, para defendê-lo dos ataques de preconceito e ignorância, durante nossos exercícios.
Como ocorre com todo guardião, Brutus repousa pela manhã, e trabalha durante a noite e a madrugada, rondando o quintal a partir da sua "base", na área de visitas, defronte ao portão de entrada. No turno vespertino, ou está se distraindo (cavando na sua área de areia, usando seus brinquedos ou caçando lagartixas) ou permanece deitado na passadeira, de onde observa o portão de entrada, e adverte os transeuntes, inclusive os que passam pelo outro lado da rua, especialmente quando lá se encontra estacionado um dos automóveis da família (os quais considera extensão do território guardado).
Em face de qualquer ruído, voz desconhecida, até mesmo carros de som, especialmente quando se abre o portão, ele se desloca, correndo e rosnando, até o objeto da sua investigação.
Brutus, intencionalmente, recebeu socialização relativa, no objetivo de não ser amigável com estranhos. Permite o livre ingresso de somente três pessoas "de fora", com as quais, desde sempre, foi habituado. Acreditamos que este particular consiste na chave para o êxito na guarda. Bulls não ostentam agressividade, à maneira de Dobermans ou Rotweillers, que logo "mostram as presas" aos desconhecidos. Portanto, uma socialização demasiada tenderia a tornar o Bull afável com pessoas, prejudicando seu desempenho na guarda.
Nosso cão. na medida em que amadureceu, consolidou sua vocação: um amigo pessoal, também cinófilo, que, na época da chegada do Brutus, nos visitava duas vezes por semana, e com ele estabelrceu amizade (ao ponto de obter a clássica demonstração de submissão: o cão deitado, com as patas prá cima, expõe o pescoço), foi surpreendido ao imiscuir-se, com maior amplitude, à noite, no território guardado, ao ser recebido com arriscada animosidade. Aos seis meses, o cão rompeu a carcomida guia de nylon que o continha, para investir, com toda combatividade, contra um leiturista da Companhia de Eletricidade, tendo sido imobilizado, com muito custo, pelo meu pai.
Está claro que, para Brutus, a guarda está intrinsecamente ligada à defesa do território, visto que, durante nossos passeios, especialmente na praia, permite, com total equilíbrio, a aproximação de qualquer pessoa, adulto ou criança, não sendo raros os pedidos de pose para fotos ao seu lado.
Entretanto, seu baixo grau de discernimento o conduz a enxergar como "ameaça", inclusive qualquer criança que passe diante do nosso portão ou que adentre o seu território, particular que exige especial cautela.
Consta, da edição nº 248/2000 do respeitado periódico Cães & Cia., depoimentos de oito proprietários que testificam a verve guardiã: a) que "o Bull tende a ser reservado com desconhecidos"; b) que "aceita a presença de estranhos, mas se mantém atento e não é de puxar brincadeira com quem não conhece direito"; c) que "é um cão fora do comum, inteligente, companheiro, silencioso, bom na guarda e cheio de responsabilidade"; d) que "está sempre atenta ao movimento da rua"; e) que "Se a pessoa tiver uma atitude que o Bull considere ameaçadora, ele avança e age como um verdadeiro guardião"; e f) que "Ainda que raramente lata, é muito alerta. Mesmo que esteja mergulhada em um sono pesado".
Comentaristas e Criadores do Reino Unido lhe conferem amplo prestígio como guardião.
Especialistas em comportamento canino definen como guardião o que apresente as seguintes características: a) poder intimidatório, no sentido de dissuasão de eventuais invasores; b) estado de alerta, mantendo-se em constante vigilância; efetivação de rondas, especialmente noturnas; d) sociabilidade relativa, no sentido de não se agradar da presença de quem não seja amigo ou parente da "família"; e) discernimento, para distinguir uma ameaça real; f) equilíbrio, sem demonstrações gratuitas de agressividade; e g) combatividade, para lutar e atacar, quando necessário.
Brutus é um exemplar muito forte (com atuais 30 kg) e musculoso, com ampla envergadura, realçada pelo tronco em barril. Acrescentando sua "cara feia", destacada pela marcação "pirata", ao redor do olho direito, realmente impõe respeito.
Tem como êxito, neste aspecto, o imediato afastamento dos que figuravam como pedintes, com potencial de investidas. Como aspecto negativo, nossas constantes (e, por vezes descortezes) intervenções, para defendê-lo dos ataques de preconceito e ignorância, durante nossos exercícios.
Como ocorre com todo guardião, Brutus repousa pela manhã, e trabalha durante a noite e a madrugada, rondando o quintal a partir da sua "base", na área de visitas, defronte ao portão de entrada. No turno vespertino, ou está se distraindo (cavando na sua área de areia, usando seus brinquedos ou caçando lagartixas) ou permanece deitado na passadeira, de onde observa o portão de entrada, e adverte os transeuntes, inclusive os que passam pelo outro lado da rua, especialmente quando lá se encontra estacionado um dos automóveis da família (os quais considera extensão do território guardado).
Em face de qualquer ruído, voz desconhecida, até mesmo carros de som, especialmente quando se abre o portão, ele se desloca, correndo e rosnando, até o objeto da sua investigação.
Brutus, intencionalmente, recebeu socialização relativa, no objetivo de não ser amigável com estranhos. Permite o livre ingresso de somente três pessoas "de fora", com as quais, desde sempre, foi habituado. Acreditamos que este particular consiste na chave para o êxito na guarda. Bulls não ostentam agressividade, à maneira de Dobermans ou Rotweillers, que logo "mostram as presas" aos desconhecidos. Portanto, uma socialização demasiada tenderia a tornar o Bull afável com pessoas, prejudicando seu desempenho na guarda.
Nosso cão. na medida em que amadureceu, consolidou sua vocação: um amigo pessoal, também cinófilo, que, na época da chegada do Brutus, nos visitava duas vezes por semana, e com ele estabelrceu amizade (ao ponto de obter a clássica demonstração de submissão: o cão deitado, com as patas prá cima, expõe o pescoço), foi surpreendido ao imiscuir-se, com maior amplitude, à noite, no território guardado, ao ser recebido com arriscada animosidade. Aos seis meses, o cão rompeu a carcomida guia de nylon que o continha, para investir, com toda combatividade, contra um leiturista da Companhia de Eletricidade, tendo sido imobilizado, com muito custo, pelo meu pai.
Está claro que, para Brutus, a guarda está intrinsecamente ligada à defesa do território, visto que, durante nossos passeios, especialmente na praia, permite, com total equilíbrio, a aproximação de qualquer pessoa, adulto ou criança, não sendo raros os pedidos de pose para fotos ao seu lado.
Entretanto, seu baixo grau de discernimento o conduz a enxergar como "ameaça", inclusive qualquer criança que passe diante do nosso portão ou que adentre o seu território, particular que exige especial cautela.
Consta, da edição nº 248/2000 do respeitado periódico Cães & Cia., depoimentos de oito proprietários que testificam a verve guardiã: a) que "o Bull tende a ser reservado com desconhecidos"; b) que "aceita a presença de estranhos, mas se mantém atento e não é de puxar brincadeira com quem não conhece direito"; c) que "é um cão fora do comum, inteligente, companheiro, silencioso, bom na guarda e cheio de responsabilidade"; d) que "está sempre atenta ao movimento da rua"; e) que "Se a pessoa tiver uma atitude que o Bull considere ameaçadora, ele avança e age como um verdadeiro guardião"; e f) que "Ainda que raramente lata, é muito alerta. Mesmo que esteja mergulhada em um sono pesado".
Comentaristas e Criadores do Reino Unido lhe conferem amplo prestígio como guardião.